Texto publicado originalmente no El Hombre
Foi-se o tempo em que os homens precisavam do relógio para ver as horas. Todo mundo usa o celular para isso hoje em dia.
Como explicar, então, que a venda de relógios de luxo continua crescendo ano após ano?
Simples: mais do que uma simples ferramenta de marcar as horas, eles são peças atemporais de estilo e elegância, que há séculos eleva o visual de homens pelo planeta todo.
De Patek Philippe a Rolex, de Omega a Jaeger-LeCoultre, existem muitas empresas capazes de oferecer modelos extraordinários. Mas quais são, afinal, as marcas mais desejadas do mundo?
Pesquisando sobre esse tema topei com um levantamento chamado World Watch Report, o maior da área, que analisou informações de 1500 modelos das 62 principais marcas para dar um panorama sobre a indústria relojoeira.
Um dos parâmetros que eles mediram? Quais eram as 15 marcas mais desejadas pelo consumidor, fruto da exclusividade de seus modelos e força de seus nomes. Eis o ranking ao qual o World Watch Report chegou:
Abrindo a lista temos a suíça Jaeger-LeCoultre, fundada em 1833, um símbolo máximo da elegância masculina. Você consegue comprar seus modelos mais básicos a partir de uns US$ 4 mil. Mas os principais relógios da casa saem por 5 ou 6 dígitos, como o Master Grande Tradition Grande Complication (foto) de US$ 372 mil.
A Audemars Piguet, nascida na Suíça em 1875, oferece alguns dos relógios mais complexos, belos — e caros — do mundo. Seus clientes precisam desembolsar na casa de US$ 10 mil para comprar os modelos de entrada. Depois? O céu é o limite. O Royal Oak Tourbillon Chronograph (foto), por exemplo, custa US$ 270 mil.
Há várias marcas seculares nesta lista, mas nenhum é mais antiga do que a suíça Vacheron Constantin, de 1755, usada por muitos imperadores e presidentes desde sua criação, entre eles Napoleão Bonaparte. Quer entrar neste seleto grupo? Prepare-se para gastar de US$ 11 mil até milhões. O Les Cabinotiers (foto) é vendido a US$ 631 mil.
Fundada na França, em 1909, a Chanel entrou nesta lista pelo sucesso que faz com o público feminino. Se você quer investir num bom relógio, então, essa aqui não é a melhor opção — a não ser que seja de presente para uma mulher.
Quase todas marcas dessa lista nasceram na Suíça, como você já deve ter reparado. A Panerai, criada na Itália em 1860, é uma das exceções. A maioria de seus relógios custa de US$ 4 mil a US$ 20 mil. Porém há modelos especiais mais caros, como Luminor 1950 Tourbillon GMT (foto), de US$ 110 mil.
A Hublot tem uma história meteórica. Enquanto quase todas as marcas desta lista são centenárias, ela foi fundada na Suíça em 1980 — ou seja, há apenas 35 anos. Mas rapidamente ela se consolidou como uma grande relojoaria mundial. Há diversos modelos lindos entre US$ 4 e US$ 10 mil, mas a oferta também é grande para quem deseja ir além disso. É o caso do Big Bang Tourbillon Power Reserve (foto) de US$ 80 mil.
Eis a opção mais em conta do ranking. Prestes a completar 100 anos de vida, a Rado foi fundada na Suíça em 1917 e apesar de não ser muito conhecida no Brasil, faz sucesso na Ásia e Oriente Médio. Sua coleção é focada na faixa de US$ 1 mil a US$ 5 mil, com o best-seller Centrix Automatic Open Heart (foto) saindo a US$ 2,1 mil.
Enquanto a maioria das relojoarias suíças fica na região oeste do país, onde se fala francês, a IWC é a única grande do leste — e tem o alemão como língua oficial da empresa. Não espere gastar menos de US$ 3 mil num relógio da marca, que nasceu em 1868. Se você estiver com dinheiro sobrando, o Portugieser Tourbillon Mystère Rétrograde (foto) custa US$ 84 mil.
Conhecida por seus relógios de aviador, a Longines foi fundada na Suíça em 1832. Eles têm o logo mais antigo de todas as relojoarias, que traz um relógio alado. A Longines é muito procurada por seu custo benefício, pois tem vários modelos ótimos entre US$ 1 mil e US$ 8 mil, preço do Master Collection (foto).
A Patek Philippe é considerada por muitos a relojoaria mais sofisticada do planeta. Ela nasceu na Suíça, em 1851, e sempre foi uma escolha popular entre a nobreza europeia. Pelo menos uns US$ 15 mil você deve estar disposto a investir num relógio da casa. Modelos acima dos US$ 100 mil são vários, como o Minute Repeater Tourbillion (foto) de US$ 720 mil. O relógio mais caro já vendido na história, em leilão, é deles: o The Henry Graves Supercomplication, por US$ 24 milhões.
Abrindo o Top 5 temos a suíça Breitling, de 1884, inventora do cronômetro moderno e muito popular entre os aviadores. Ter um Breitling no pulso custa pelo menos uns US$ 3 mil e avança até US$ 40 mil ou mais. O Breitling Mark VI Complications 29 (foto) é vendido por US$ 82 mil.
Famosa por seus relógios e joias, a francesa Cartier estreou em 1847, e teve sempre uma relação bem próxima com a realeza britânica e mundial. Alguns relógios mais simples da Cartier custam a partir de US$ 5 mil, mas a maior parte do catálogo é de US$ 20 mil para cima. Caso do Rotonde de Cartier Mysterious Double Tourbillon (foto), avaliado em US$ 157 mil.
O bronze do ranking ficou com a suíça TAG Heuer, fundada em 1860. A marca é conhecida pela precisão dos cronômetros e possui um vínculo forte com a Fórmula 1 — tanto que Senna usava um de seus relógios e, mais atualmente, Lewis Hamilton também. A maior parte de sua linha é entre US$ 1,5 mil e US$ 6 mil, com certos modelos especiais chegando a territórios elevados tipo os US$ 50 mil do Carrera Mikrograph Watch (foto).
É a escolha de James Bond; cronometra as Olimpíadas desde 1932; e foi o primeiro relógio usada na lua. Precisa dizer mais? Eis as credenciais da Omega, criada na Suíça em 1903. Boa parte de seus relógios varia entre US$ 3 mil e US$ 8 mil — preço do Seamaster Aqua Terra 150M James Bond (foto) que 007 usa em seu filme mais recente. Mas há diversos modelos que vão além disso.
Sem surpresas no primeiro colocado, certo? A Rolex é um ícone mundial da sofisticação e foi eleita a 65ª marca mais valiosa do planeta pela Forbes. Fundada na Inglaterra em 1905, ela acabou migrando para a Suíça pouco tempo depois. Hoje tem uma presença forte no esporte, especialmente tênis e Fórmula 1. Quer ser dono de um Rolex? Isso vai custar pelo menos uns US$ 4 mil. Mas você pode multiplicar esse valor por 5 vezes — ou até mais — caso sua carteira permita. O Oyster Perpetual Yacht-Master Everose (foto) sai por US$ 23 mil.
MENÇÕES HONROSAS
Se você é aficcionado por relógios, deve ter sentido falta de certos nomes como A. Lange & Söhne ou Piaget. O motivo é que elas não são tão conhecidas fora do círculo da alta relojoaria — e o ranking da World Watch Report mediu a procura das pessoas em geral. Mas elas certamente merecem uma menção honrosa na matéria, assim como Louis Moinet, Blancpain, Breguet, Chopard e Roger Dubuis, entre outras.
PS: Os valores dos relógios desta matéria podem mudar de acordo com o ano, país e variações do modelo
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