Nova opção para apreciadores com excelente custo x benefício os charutos CR chegam ao Brasil
Por Cesar Adames
Uma nova marca de charutos acaba de chegar ao mercado, o CR produzido na Nicarágua que foi apresentado ao público apreciador durante o Caruso Exclusive Edition que aconteceu no primeiro final de semana de agosto no hotel Sofitel Jequitimar Guarujá. No segundo dia de evento uma master class com Hirochi Robaina e Audrey Hands, embaixadora global do Rum Havana Club serviu para que os participantes pudessem degustar o CR que será vendido na versão capa clara e capa escura.
Origem
A ideia de criar o CR surgiu da demanda em ter um charuto com ótimo custo x benefício. O mercado oferece charutos até R$ 50 e depois avança para charutos que custam mais de R$ 100.
O empresário Paulo André, dono de uma importadora e aficionado por charutos procurou a Caruso com esta ideia e pediu ajuda para desenvolver o projeto. Por ter um ótimo relacionamento internacional André Caruso sugeriu Hirochi Robaina para desenvolver o projeto.
A escolha de Hirochi foi por ele ser cubano e os brasileiros estarem familiarizados com os charutos Vegas Robaina. Com uma grande oferta de charutos off cuba no mercado nacional a escolha de um cubano conhecido para desenvolver o blend do charuto já ajudaria muito na apresentação dele no mercado nacional.
Hirochi Robaina
Ele vem de uma familia dedicada ao mundo do tabaco. Hirochi Robaina é neto do lendário Alejandro Robaina, o único produtor de tabaco em Cuba que já teve a honra de produzir charutos de forma independente e até de ter um charuto em homenagem a ele. Quando envelheceu, Alejandro entregou a maioria das operações da fazenda familiar a seu neto Hirochi, que assumiu a sério a responsabilidade de produzir o tabaco mais famoso do mundo. Alejandro tinha seu próprio filho ao lado e dez netos para escolher. De todos, escolheu Hirochi que morava em Havana e fez dele seu sucessor.
Ele passou por duas fábricas de charutos durante dois anos antes de começar a trabalhar com o avô. Tudo que aprendeu com seu avô ele costumava anotar em um caderno que segue com ele até os dias de hoje e usa para tirar duvidas quando elas surgem.
Desde 2010, Hirochi produz tabaco no Equador e em 2014 começou a elaborar charutos em colaboração com a empresa Cubanacan na Nicarágua. Os charutos são chamados de “HR” e, como são fabricados em Estelí, Nicarágua, são vendidos nos Estados Unidos sem violar o embargo. Você pode saber mais sobre Hirochi no canal do youtube da Caruso Lounge pois ele concedeu duas entrevistas exclusivas durante o Caruso Exclusive Experience.
Onde é produzido
A fábrica de La Corona em Estelí, Nicarágua, é de propriedade de Omar González-Alemán. Como Robaina, González é de Cuba e trabalhou na indústria de charutos cubanos. Ele foi o gerente geral da fábrica de La Corona em Havana, conhecida como Miguel Fernández Roig, nome que recebeu após a vitória da Revolução de Fidel e também como Palacio de Hierro pela quantidade de funcionários que lá trabalhavam.
La Corona é uma fábrica butique onde Omar tem todo cuidado de receber as folhas e trabalhar muito bem todo processo de elaboração dos charutos ali produzidos. Foi nesta fábrica que Hirochi Robaina começou a produzir seus charutos HR.
A escolha para fazer os charutos CR nesta fábrica foi por conta das ligações entre Robaina e Gonzales e também pelo cuidado que o último tem com todas suas produções.
10 opções de CR
A marca se chama CR porque a empresa se chama CR Cigars. Nome forte e fácil de ser lembrado em qualquer língua. O projeto começou em Fevereiro de 2018 durante um evento promovido pelos produtores de charutos da Nicarágua, o Puro Sabor. Cerca um ano e meio para os primeiros charutos chegarem ao mercado e vários blends até chegar a um resultado final.
A linha de charutos terá cinco formatos, Petit Robusto (50 x 102 mm), Robusto (50 x 124 mm), Belicoso (52 x 140 mm), Toro (52 x 150 mm) e Sublime (54 x 164), em duas versões, capa clara e capa escura.
A identificação dos charutos será feita pela cor das anilhas, a branca leva capa Habano Equador Médio, capote Jalapa e folhas de miolo Estelí. O de anilha preta utiliza folha de capa Habano Equador Maduro, capote Jalapa e miolo Estelí. Todos charutos virão em celofane individual por questão de padrão da Nicarágua e de higiene e manuseio.
As caixas terão 20 unidades cada e foram desenvolvidas no Brasil em madeira, envelopada com papel da cor do charuto. Todas caixas terão o mesmo tamanho e dependendo do formato os charutos terão uma divisória para a altura. Esta inovação para o mercado de charutos também gerou uma grande economia na elaboração das caixas, pois todas foram negociadas em grande quantidade com apenas um formato. Serviu também para a impressão em tamanho único dos adesivos exigidos pela Anvisa.
Uma empresa de design foi contratada para desenvolver todo padrão visual, caixas e anilhas. Quem faz as anilhas é uma das maiores empresas do setor que fornece anilhas para quase todas marcas de charutos da Nicarágua.
Harmonização
Qual bebida harmoniza melhor com o CR? Para buscar algumas opções realizamos uma degustação na Caruso Lounge com três clássicos que sempre vão muito bem com charutos. Single Malt Whisky The Glenlivet Founders Reserve com 40% de teor alcóolico, Cognac Cohiba com 43% e Rum Havana Club Seleccion de Maestro com 45%.
Convidamos três associados para esta prova com o CR anilha preta, Flavia Lahan, Sofia Matos e Mark Wei Yip. Na opinião dos três por unanimidade a bebida escolhida foi o Rum Havana Club Seleccion de Maestro com seu toque adocicado que combinou muito bem com a potência do CR Preto. Segundo eles não houve nenhuma superposição entre sabores.
Como os três já tinham provado anteriormente o CR Branco ficou a sugestão do Glenlivet Founders Reserve para esta harmonização.
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