Conheça mais sobre uma das marcas mais polêmicas do mundo dos charutos que está para chegar ao Brasil
Kaizad Hansotia, fundador e dono da Gurkha, nasceu na Índia e foi criado no Reino Unido e Estados Unidos. Sua família já estava no ramo de Duty Free shops, quando em uma viagem à Índia, Hansotia comprou alguns charutos com a marca Gurkha para dar para seus principais clientes. Empolgado com a ideia, decidiu comprar a marca por 149 dólares.
Gurkha foi o nome que soldados Nepaleses deram aos charutos que eles faziam com os tabacos locais na época em que eram uma colônia britânica. O nome Gurkha era o nome dado aos lendários soldados nepaleses, conhecidos por sua força e ferocidade. Outro ponto fundamental para a definição do perfil da marca era o fato dos militares britânicos criarem luxuosos clubes privados nos territórios estrangeiros durante a período colonial com o intuito de manter as tradições e costumes da pátria mãe. Hansotia queria charutos imponentes que poderiam perfeitamente ser os consumidos naqueles clubes.
O plano era criar uma marca de charutos voltada para um público mais seleto que estava disposto a pagar pela exclusividade e status que os charutos poderiam trazer. Inicialmente distribuídos somente nas cadeias de Duty Free, os charutos passaram a despertar a curiosidade e a admiração dos consumidores que estavam dispostos a pagar um preço acima da média por um produto exclusivo.
Uma das suas principais e mais caras linhas de hoje, a His Majesty Reserve (HMR). Com uma produção limitada em torno de 30 caixas por ano, os charutos desta linha passam por infusão do Cognac Louis XII. Na época de seu lançamento, os charutos custavam 250 dólares a unidade. Hoje podem ser encontrados por até 750 dólares a unidade.
Em 2006, a marca lançou 5 umidores feitos por ossos de camelo entalhados com 100 unidades do Gurkha Black Dragon. Cada umidor foi vendido por 115 mil dólares. Isso mesmo, 1.150 dólares cada charuto.
A ideia de charutos mais premium sempre encantaram Hansotia, pois ele estava habituado ao consumo de alto luxo e dizia que o importante era saber juntar os pontos destes produtos exclusivos com quem estava disposto a pagar pela exclusividade.
Desde seu início em 1990 até os dias de hoje, a marca se diversificou bastante e passou a ser vendida também em tabacarias. Várias linhas foram criadas com produtos um pouco mais acessíveis se comparados aos charutos da concepção inicial da marca. Hoje é possível encontrar algumas linhas com charutos na faixa dos 10 a 15 dólares a unidade.
A verdade é que atualmente a marca está ao alcance também de consumidores menos abastados em determinadas linhas, assim como pode oferecer produtos diferenciados. A linha mais vendida da marca é a The Cellar Reserve e o preço de venda no mercado norte-americano fica entre 10 a 15 dólares a unidade, mas a linha HMR segue sendo produzida.
Apesar de não ser de uma família de produtores de charuto, Hansotia sempre buscou bons parceiros capazes de produzir seus charutos com a qualidade desejada. Durante anos a produção dos Gurkha esteve a cargo da família Toraño, na República Dominicana.
Atualmente a marca continua sendo produzida no país mantendo o padrão de qualidade e seguindo a tradição de preparar blends com folhas de várias nacionalidades.
Toda essa busca por embalagens especiais, blends e um posicionamento espalhafatoso, sempre causaram uma certa desconfiança no mercado. Para muitos os charutos da marca são mais procurados por sua apresentação e status do que por seu sabor em si.
No entanto a marca tem sim charutos bem avaliados por publicações especializadas e o Gurkha 125th Anniversary XO ficou como o 9º melhor charuto do ano de 2013 pela Cigar Aficionado.
A boa notícia é que a marca está chegando ao Brasil com preços acessíveis ao consumidor brasileiro. Nada melhor que experimentar as novidades e formar a própria opinião.
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