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Caruso Journal conta um pouco da história da Habanos S.A.

Por Alexandre Avellar

A Habanos S.A. é a empresa responsável pela produção e comercialização dos charutos cubanos em todo o mundo. Mas, para conhecer um pouco mais da história desta que é a empresa líder mundial no segmento de charutos premium, temos que voltar à época do descobrimento da América.

O primeiro registro oficial sobre o tabaco foi feito em 1492, quando Cristóvão Colombo chegou às Américas. Tentando encontrar um novo caminho para chegar à Índia, onde o comércio de especiarias gerava grandes fortunas, ele acabou por desembarcar no dia 28 de outubro daquele ano em Cuba.

Dois homens de sua tripulação – Rodrigo de Jerez e Luis de Torres – foram enviados para explorar a região e, retornando, fizeram relatos sobre os índios taínos que “tinham tochas nas mãos e ervas das quais inalavam a fumaça, ervas secas dentro de uma folha, igualmente seca. Acesas na ponta, são chupadas ou aspiradas, o que lhes entorpece a pele e é quase intoxicante, e dizem que dessa forma jamais sentem fadiga”. Esses charutos primitivos eram chamados de cohiba na linguagem desses índios, nome que hoje representa a principal marca de charuto cubano. Desde então, o tabaco cubano passou a ser apreciado em todo o mundo e os charutos produzidos no país viraram referência, sendo considerados os melhores charutos do mundo.

A relação entre Cuba e o tabaco é tão estreita que os puros, como são chamados os charutos na Ilha, são reconhecidos como um dos itens de identidade nacional e são motivo de orgulho para o povo cubano.

Em 1962, após a nacionalização da indústria cubana de tabaco cubana por Fidel Castro, todas as marcas passaram para o controle do Estado, assim como as fazendas e os centros de produção e distribuição. Para administrar esse mercado, foi criada a Cubatabaco. A empresa se tornou responsável pela produção e pela comercialização dos charutos cubanos no país e no exterior até 1994, quando foi fundada a Habanos S.A. A nova entidade foi responsável pela modernização da produção e foi fundamental para a expansão do alcance dos charutos a partir do desenvolvimento de uma rede de distribuição mundial.

A palavra habanos, no espanhol, significa algo de Havana. Ela ficou tão vinculada aos charutos cubanos que passou a ser utilizada nos países de língua espanhola para descrever o produto. Acabou tornando-se também o nome perfeito para batizar a nova companhia.

Na virada do milênio, a Altadis comprou 50% da empresa ficando os outros 50% ainda no poder da Cubatabaco. A entrada da gigante franco-espanhola (em 2008 a Altadis foi comprada pela inglesa Imperial Tobacco) do mundo do tabaco na sociedade colocou a fábrica em novo patamar. Um novo modelo de gestão foi implantado com melhores práticas de marketing e de produção. A partir de então, foi feita uma reestruturação nas linhas e bitolas oferecidas pela Habanos, assim como a criação das Edições Limitadas e outras linhas mais especiais. Hoje a companhia comercializa 27 marcas premium, elaboradas totalmente à mão, e possui algo em torno de 220 bitolas comerciais.

A empresa é responsável também pela marca La Casa del Habano. Esta rede internacional de franquias é mais que uma rede de tabacarias. As La Casa del Habano são verdadeiros centros dedicados a promover uma experiência completa relacionada ao tabaco.

A Habanos S.A. promove o maior festival de charutos do mundo, o Festival del Habano. O evento, que já teve 18 edições, acontece todos os anos, em fevereiro, e é muito aguardado pelo mercado e pelos aficionados, já que é lá que os lançamentos da empresa são divulgados e apresentados pela primeira vez.

Matéria retirada da 1ª Edição do Caruso Journal

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